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Angiografia: o que é e como funciona?

Postado em: 17/07/2023

Angiografia é um exame minimamente invasivo que utiliza raios-x e contraste iodado para obter imagens precisas dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. Através de um cateter diagnóstico e um fio guia, o médico neurorradiologista intervencionista guia o cateter até a área a ser estudada. Pelo cateter é feita a injeção do contraste que destaca os vasos sanguíneos permitindo capturar com detalhes as imagens da circulação sanguínea local após as aquisições de raios-X. Essa técnica é essencial para diagnosticar aneurismas cerebrais, malformações arteriovenosas (MAVs), trombose venosa cerebral, dissecção arterial, estenose ou oclusão arterial e tumores vasculares.

Angiografia

Quais são as indicações da angiografia cerebral?

A angiografia cerebral é um método diagnóstico fundamental para identificar doenças neurovasculares, que afetam os vasos sanguíneos do cérebro e áreas adjacentes. Ela pode diagnosticar problemas dentro e fora do cérebro, incluindo:

  • Tumor cerebral;
  • Acidente vascular cerebral (isquêmico ou hemorrágico);
  • Hemorragia (sangramento ativo);
  • Dissecção arterial;
  • Malformações arteriovenosas, pial ou dural;
  • Aneurisma cerebral – parte enfraquecida na parede da artéria, que pode se romper com facilidade;
  • Inflamação dos vasos sanguíneos (vasculite);
  • Trombose venosa cerebral – presença de coágulo dentro de uma veia cerebral;
  • Arteriosclerose – diminuição do espaço nos vasos sanguíneos por causa do acúmulo de placas de gordura, colesterol ou cálcio em suas paredes.

O exame pode ser indicado ainda para ajudar o especialista a descobrir a causa de certos sintomas, como:

  • Fortes dores de cabeça;
  • Perda de memória;
  • Fala arrastada;
  • Tontura;
  • Visão dupla ou turva.

Como é feito o exame de angiografia?

Antes da angiografia, é comum o indivíduo ser orientado a fazer jejum de 8 horas. Durante o exame, é possível administrar um sedativo para garantir que o paciente fique imóvel e confortável durante o procedimento.

Dependendo da complexidade e dos achados, o exame pode durar de 40 minutos a 1 hora.

Primeiro, o médico faz a esterilização do local em que será inserido o cateter – normalmente, na virilha. Por ser bastante flexível e fino, o tubo entra nas artérias facilmente, até as artérias do pescoço que vascularizam a cabeça e o cérebro, como por exemplo as  artérias carótidas. 

Após o posicionamento correto do cateter, é feita por ele a injeção do contraste iodado para avaliar a circulação sanguínea. Durante a injeção do contraste são feitas as imagens por meio de um equipamento que emite raios-X chamado de angiográfico. 

Nessas imagens, o contraste destaca os vasos sanguíneos em tempo real e com alta definição, permitindo um estudo da trajetória percorrida pelo sangue.

Ao final do procedimento, o cateter é retirado da artéria por onde entrou e neste local é feita compressão manual até estancar o sangramento, sendo feito um curativo neste local.

O que acontece após a angiografia?

Após o exame, você passará algumas horas sendo monitorado na sala de recuperação antes de receber alta e poder retornar para casa.

Nesse período, a perna que recebeu o tubo deve ficar imóvel para permitir a cicatrização deste local de punção arterial. Depois da liberação médica, o paciente pode ir para casa, mas não deve fazer esforço físico por 2 dias. O curativo pode ser retirado em casa, no dia seguinte.

Sinais de alerta

Nos dias seguintes à angiografia, você deve informar ao seu médico imediatamente se sentir qualquer um dos sintomas abaixo:

  • Fraqueza ou dormência nos músculos do rosto, braços ou pernas;
  • Fala arrastada;
  • Problemas de visão;
  • Sinais de infecção no local do cateter;
  • Tontura;
  • Dor no peito;
  • Dificuldade ao respirar;
  • Hematoma ou sangramento no local de punção arterial;
  • Irritação na pele.

Riscos e contraindicações da angiografia

  • Reações alérgicas ao contraste iodado podem ocorrer em pessoas sensíveis. Informe seu médico para receber medicação preventiva, se necessário.
  • Gestantes devem alertar o especialista, pois a radiação pode afetar o bebê.
  • Mulheres lactantes devem esperar 24 horas após a injeção do contraste antes de retomar a amamentação.
  • Pessoas com diabetes ou doença renal devem comunicar ao neurorradiologista, pois o contraste pode afetar e prejudicar os rins.
  • Procedimentos invasivos, mesmo minimamente, têm riscos. Tire todas as suas dúvidas com o médico antes de realizar o exame.

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