Quando é importante procurar um neurorradiologista intervencionista?
Postado em: 24/02/2021
A neurorradiologia intervencionista é uma área da medicina que realiza procedimentos cirúrgicos pouco invasivos (percutâneos e endovasculares) para tratar desordens que acometem o cérebro, órgãos sensoriais, cabeça, pescoço, medula espinhal, coluna vertebral e estruturas adjacentes e do sistema nervosos periférico em adultos e crianças.
Diversas doenças podem ser tratadas com medicação, que é uma forma de tratamento bem mais simples do que realizar uma cirurgia, principalmente quando o remédio está disponível em farmácias na forma de comprimido, cápsula ou gotas.
Mas o tratamento se torna mais complexo na medida em que envolve intervenções cirúrgicas. Especialmente quando se falar de doenças que atingem estruturas extremamente sensíveis, como as artérias e veias que irrigam o cérebro, a intervenção cirúrgica pode trazer consigo riscos adicionais, como infecção hospitalar, desgaste, necessidade de vários dias para recuperação e altos custos com internação e acompanhamento.
Por essas razões, procedimentos cirúrgicos pouco invasivos são especialmente interessantes no tratamento de problemas encontrados dentro da cabeça ou da coluna. É nesse sentido que a neurorradiologia intervencionista se apresenta como uma alternativa consideravelmente bem-vinda se comparada às cirurgias invasivas.
Se você recebeu um diagnóstico de enfermidade ou tumor na cabeça, pescoço ou coluna vertebral e recomendação de intervenção cirúrgica, considere se consultar com um neurorradiologista intervencionista. Esse profissional irá verificar a possibilidade de tratar seu problema de forma segura e menos invasiva.
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Quais são os procedimentos típicos da neurorradiologia intervencionista?
A neurorradiologia intervencionista pode realizar uma série de técnicas. Entre elas, destacam-se:
- Técnicas de embolização;
- Implantação de dispositivos (stents, espiral metálica, etc.);
- Técnicas de recanalização, incluindo angioplastia, trombectomia e aspiração;
- Procedimentos percutâneos de coluna, cabeça e pescoço;
- Administração de medicamentos guiada por imagem.
Vantagens para o paciente
Em vez de cortes e suturas, a neurorradiologia intervencionista permite tratar as enfermidades por meio da introdução de finíssimos fios e cateteres por via endovascular até alcançar o local do problema. Tudo isso sem atravessar as paredes de nenhum órgão saudável pelo caminho. O trajeto do material pela via endovascular é guiado por equipamentos captadores de imagem como raios-x, tomografia computadorizada, ultrassonografia e ressonância magnética.
Uma vez que o procedimento alcance seu objetivo, que seja, por exemplo, o de depositar um stent em uma artéria para desobstruir um aneurisma cerebral, o resultado do tratamento pouco invasivo é tão ou mais eficaz que os procedimentos neurocirúrgicos convencionais.
Nesse formato de procedimento, o paciente normalmente não precisa de internação prolongada e tem um tempo de recuperação mais curto. Assim, o tratamento se torna também mais confortável, tanto para o paciente quanto para sua família.
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Critérios de avaliação
A área da radiologia, de forma mais ampla, utiliza-se da alta tecnologia de equipamentos captadores de imagens para realizar exames e intervenções. Entra aí a neurorradiologia intervencionista, que fornece parâmetros bastante confiáveis e complementares à análise clínica para a equipe médica avaliar quais pacientes são elegíveis para o tratamento pouco invasivo.
Evidentemente, procedimentos de neurorradiologia intervencionista devem ser realizados apenas por uma equipe médica altamente qualificada, treinada e experiente nessas técnicas, em instituições reconhecidas pela excelência nesse tipo de atendimento.
O neurorradiologista intervencionista tem responsabilidade compartilhada com o paciente no atendimento pré e pós-procedimento. A fase pré-procedimento envolve a realização de exames e consultas, o detalhado e completo esclarecimento sobre resultados e riscos esperados, morbidade e mortalidade de todos os procedimentos intervencionistas e a assinatura de documento, pelo paciente, em que ele afirma seu consentimento aos procedimentos prescritos.
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