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Tudo o que você precisa saber sobre a angiografia cerebral

Postado em: 21/10/2022

Considerado o exame padrão ouro no diagnóstico de patologias como aneurisma cerebral, malformações arteriovenosas e tumores cerebrais, a angiografia é minimamente invasiva e muito eficiente para visualizar o interior das veias e artérias. Você já ouviu falar nesse exame? Leia este texto até o final e entenda em quais casos ele é indicado, como ele é realizado e todos os detalhes do procedimento.

Angiografia cerebral é um procedimento que faz parte da especialidade médica da neurorradiologia intervencionista. Trata-se de um exame que utiliza um cateter – um tubo finíssimo, inserido dentro de uma artéria – e raios-X para saber qual é o estado e a anatomia dos vasos sanguíneos cerebrais, podendo aferir se a circulação sanguínea está adequada e se há a presença, por exemplo, de um aneurisma cerebral ou de coágulos que possam dificultar a passagem do sangue. 

Para a realização do exame, também é injetada uma substância de contraste contendo iodo para produzir imagens dos vasos sanguíneos. 

Em quais casos a angiografia é indicada?

A angiografia pode ser fundamental para o diagnóstico de determinadas doenças ligadas ao cérebro ou até mesmo para uma avaliação mais precisa de algumas patologias já identificadas. E, por examinar vasos sanguíneos do cérebro e estruturas próximas a ele, a angiografia também pode encontrar doenças que estão fora do cérebro. Veja para quais patologias o exame é indicado:

– Aterosclerose: estreitamento da artéria;

– Malformação arteriovenosa: emaranhado de vasos sanguíneos dilatados que interrompe o fluxo sanguíneo normal no cérebro;

– Vasculite: inflamação dos vasos sanguíneos, geralmente estreitando-os;

– Tumor cerebral;

– Coágulo de sangue;

– Dissecção vascular: rompimento (rasgo) na parede de uma artéria;

– AVC: acidente vascular cerebral hemorrágico, mais popularmente conhecido como derrame;

– Aneurisma cerebral: protuberância que se desenvolve em uma artéria devido à fraqueza da parede arterial;

SAIBA MAIS: Você sabe qual a diferença entre AVC e aneurisma cerebral? Veja aqui.

O preparo

Para que corra tudo bem com o exame, além de buscar por um bom neurorradiologista intervencionista, é importante também que o paciente se prepare. Veja o que precisa ser feito antes do procedimento:

– É necessário ficar em jejum por um período indicado por seu médico horas antes da angiografia;

– Caso tenha algum problema recente de saúde, é imprescindível que ele seja informado ao médico;

– Vá acompanhado por alguém de sua confiança no dia do exame;

– Informe ao médico todos os medicamentos que utiliza, para que ele o oriente como proceder em relação à continuidade do tratamento ou à necessidade de suspensão deles para a realização do exame.

 – Siga todas as orientações do seu médico à risca.

– Liste todas as alergias, especialmente a anestésicos locais, anestesia geral ou a materiais de contraste, como o iodo.

 – A angiografia é indolor e o paciente permanece com uma leve sedação durante o procedimento, voltando à consciência logo após o término dele.

Pós-angiografia

Por ser um procedimento mais demorado e que exige alguns cuidados, é importante também estar atento ao período que sucede o exame. Saiba como é o pós-exame:

– Antes de voltar para casa, o paciente permanece na sala de recuperação por algumas horas, para ficar em observação;

– Logo após o exame, a dieta do paciente pode ser retomada normalmente;

– Caso haja inchaço ou dor no local em que o cateter foi inserido, pode-se colocar gelo para minimizar o incômodo;

 – O paciente não deve dirigir ou carregar peso após o exame, devendo manter atividades leves nas 12 horas que se seguem.

– Cerca de oito a 12 horas após a angiografia, já é possível retomar também as demais atividades normais, como dirigir e trabalhar.

Sinais de alerta

É importante que o paciente mantenha a atenção depois de fazer o exame e quando já estiver em casa. É necessário procurar pelo médico o quanto antes caso tenha algum desses sinais:

 – Fraqueza ou dormência nos músculos do rosto, braços ou pernas;

   – Fala arrastada;

   – Problemas de visão;

   – Sinais de infecção no local do cateter;

   – Tontura;

   – Dor no peito;

   – Dificuldade ao respirar;

   – Irritação na pele.

Quem solicita a angiografia

O procedimento se faz necessário quando os exames de imagens não-invasivos não são suficientes para que se tenha um diagnóstico seguro das condições do paciente. Por isso, para complementar o atendimento, o neurorradiologista intervencionista – que é um profissional especializado nesse tipo de exame – é quem encaminha o paciente para a angiografia.

A angiografia é fundamental para um bom diagnóstico e coberta por todos os planos de saúde, além de ser ofertada pelo SUS. Esse exame indicará o melhor tratamento para as doenças cerebrovasculares e pode ser realizado em adultos e crianças.


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