O que é e quando é indicada a embolização de aneurisma cerebral?
Postado em: 14/06/2023
Aneurisma Cerebral é uma dilatação ou bolha que ocorre em um ponto frágil na parede de um vaso sanguíneo (artéria ou veia). Geralmente se forma nas paredes das artérias que levam sangue até o cérebro. Quando um aneurisma se rompe, pode levar a uma hemorragia intracraniana do tipo subaracnóide, que pode ser fatal em cerca de 50% das vezes. É nesse contexto que surge a embolização de aneurisma cerebral como uma opção de tratamento efetivo.
O aneurisma cerebral é mais comum em adultos acima dos 35 anos, geralmente entre os 50 e 70 anos, e ocorre com maior frequência em mulheres. Na maioria dos casos, os aneurismas são assintomáticos e não causam problemas diretamente. No entanto, quando ocorre a ruptura, é possível experimentar uma dor de cabeça súbita e intensa, que pode estar associada a náusea, vômito e perda de consciência, na qual requer atenção médica imediata.
Além da dor aguda, casos graves de hemorragia subaracnoidea podem levar à paralisia de membros, alterações visuais e coma. Por isso, é importante detectar a presença de aneurismas antes que eles se rompam.
Caso o problema não seja prontamente tratado após a ruptura do aneurisma, existe a possibilidade de um segundo rompimento, o qual pode ser fatal em até 80% dos casos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Como é feito o tratamento?
A embolização de aneurisma cerebral é um procedimento menos invasivo do que a cirurgia convencional por clipagem do aneurisma e não requer a abertura do crânio e exposição do cérebro. O procedimento consiste em criar uma barreira física para impedir a entrada de sangue no interior do aneurisma, preservando o fluxo sanguíneo apenas no interior da artéria em direção ao cérebro, de onde nasce o aneurisma.
Para realizar a embolização, o médico utiliza um longo cateter, inserido na artéria femoral (localizada na virilha) ou, em alguns casos, nas artérias do braço. Com precisão e cuidado, o cateter é conduzido até o aneurisma, onde diferentes recursos são utilizados, como espirais metálicas, balões e stents, para corrigir o fluxo sanguíneo no local.
Cada material disponível possui sua função, vantagens e desvantagens distintas. O médico é responsável por avaliar e selecionar a solução mais adequada para o paciente, levando em consideração as particularidades do aneurisma.
Estudos indicam que o uso de stent aumenta a eficácia da embolização, e que a embolização de aneurisma cerebral permite o tratamento de um maior número de aneurismas com baixo risco de complicações, proporcionando uma recuperação mais rápida e com elevado índice de cura, quando comparado a cirurgia convencional com clipagem do aneurisma.
Tipos de embolização cerebral
Existem mais de dez técnicas de embolização de aneurisma cerebral, as quais podem ser combinadas de maneiras diversas para obter o resultado mais seguro.
Técnica simples (espirais metálicas): utiliza um microcateter para posicionar e destacar micromolas metálicas no interior do aneurisma, preenchendo-o até sua oclusão completa.
Espirais metálicas assistidas por balão: um ou mais balões são posicionados e inflados na artéria para servir como barreira durante a colocação das espirais no aneurisma, evitando oclusão inadivertida da artéria sadia de onde nasce o aneurisma. Ao término do procedimento, o balão é removido do paciente.
Espirais metálicas assistidas por stent convencional: um stent tubular é colocado na artéria para proteger a luz do vaso, permitindo que as espirais fiquem somente no interior do aneurisma. O stent permanece no vaso após a cirurgia.
Stent diversor de fluxo: estrutura tubular metálica que preserva o fluxo sanguíneo normal na artéria, retardando a entrada e saída do fluxo no aneurisma, resultando em sua trombose progressiva e oclusão completa. Pode ser usado em conjunto com espirais metálicas.
Recuperação pós-cirúrgica
Comparado à neurocirurgia convencional, o tratamento endovascular por embolização cerebral é considerado mais seguro, com uma taxa menor de complicações e maior índice de cura do aneurisma.
A recuperação após a embolização também tende a ser mais rápida. Em casa, conforme orientação médica, o paciente fica de repouso por cerca de 5 a 7 dias.
O método de embolização de aneurisma cerebral pode ser realizado como tratamento curativo principal ou como complemento antes ou depois de um procedimento cirúrgico. Para garantir um tratamento seguro e definitivo, é fundamental contar com uma equipe médica multidisciplinar experiente, que coordene todas as etapas do processo.
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