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Como a neurorradiologia é utilizada em casos de doenças vasculares cerebrais?

Postado em: 10/07/2023

A Neurorradiologia Intervencionista é uma área da medicina que realiza procedimentos cirúrgicos pouco invasivos (percutâneos e endovasculares) para tratar desordens que acometem o cérebro, cabeça, pescoço, medula espinhal, em adultos e crianças.

Doenças podem ser tratadas com medicação, sendo uma opção mais simples que a cirurgia. Porém, intervenções cirúrgicas se tornam complexas ao envolver estruturas sensíveis, como as artérias e veias do cérebro, acarretando riscos adicionais como infecção hospitalar, desgaste e maior tempo de recuperação.

Por essas razões, procedimentos cirúrgicos pouco invasivos são especialmente interessantes no tratamento de problemas encontrados no cérebro. É nesse sentido que a neurorradiologia intervencionista se apresenta como uma alternativa consideravelmente bem-vinda se comparada às cirurgias mais invasivas.

Se você recebeu um diagnóstico de doenças vasculares cerebrais ou cerebrovasculares e recomendação de intervenção cirúrgica, considere se consultar com um neurorradiologista intervencionista. Esse profissional irá verificar a possibilidade de tratar seu problema de forma segura e menos invasiva.

neurorradiologia

O que são doenças vasculares cerebrais?

As doenças vasculares cerebrais, conhecidas também como cerebrovasculares, estão relacionadas a patologias que atingem os vasos do cérebro e podem danificar o funcionamento e a estrutura dele, a longo prazo.

Principais doenças cerebrovasculares incluem:

Acidente vascular cerebral (AVC): condição em que há uma interrupção ou redução significativa do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro, levando à falta de oxigênio e nutrientes, resultando em danos aos tecidos cerebrais.

Aneurisma cerebral: dilatação anormal que se forma em um local de fragilidade da parede de um vaso sanguíneo cerebral (artéria ou veia)pode vir a se romper, resultando em hemorragia intracraniana. Na maioria das vezes o aneurisma se forma na artéria cerebral. 

Estenose carotídea: refere-se ao estreitamento das artérias carótidas, que são importantes no suprimento de sangue ao cérebro podendo levar ao acidente vascular cerebral isquêmico. Esse estreitamento geralmente é causado por placa de ateroma (placa de colesterol) e pode causar redução do fluxo sanguíneo cerebral ou promover oclusão de uma artéria cerebral por embolia, ou seja quando ocorre obstrução de uma artéria intracraniana por um coágulo ou fragmento que se desprendeu da placa de ateroma.

Trombose venosa cerebral: é um coágulo sanguíneo que se forma nas veias do cérebro, podendo levar à obstrução do fluxo sanguíneo normal de drenagem venosa cerebral e causar danos aos tecidos cerebrais.

Malformação arteriovenosa cerebral (MAVC): é uma doença vascular cerebral adquirida onde ocorre uma malformação dos vasos sanguíneos caracterizada pela presença de um enovelado de vasos sanguíneos (artérias e veias), chamado de “Nidus”. 

Essas doenças vasculares cerebrais podem ter consequências graves e requerem atenção médica imediata para o diagnóstico precoce e tratamento adequado, tornando-se fundamentais para reduzir o impacto dessas condições na saúde cerebral e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

Fatores de risco

Não modificáveis

Idade: o risco de doenças cerebrovasculares aumenta com o envelhecimento, após os 55 anos.

Histórico familiar: ter familiares que já tiveram doenças vasculares cerebrais pode aumentar a probabilidade de desenvolver a condição.

Sexo: mulheres têm maior risco de desenvolver as doenças cerebrovasculares, principalmente após a menopausa.

Modificáveis

Prevenir as doenças cerebrovasculares envolve compreender os fatores de risco e adotar hábitos saudáveis. Embora alguns fatores genéticos não possam ser modificados, mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco dessas condições.

Pessoas com histórico de diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, colesterol elevado, sedentarismo, estresse e dieta pouco saudável são mais suscetíveis a desenvolver doenças vasculares cerebrais. Portanto, é fundamental tomar medidas preventivas e reavaliar alguns hábitos.

Quais são os procedimentos típicos da neurorradiologia intervencionista?


A neurorradiologia intervencionista pode realizar uma série de técnicas. Entre elas, destacam-se:

  • Técnicas de embolização;
  • Implantação de dispositivos (stents e espiral metálica);
  • Tratamento endovascular para AVC;
  • Técnicas de recanalização, incluindo angioplastia, trombectomia e aspiração;
  • Administração de medicamentos guiada por imagem.


Precisa de um diagnóstico e tratamento de doenças cerebrovasculares? O Dr. Renato Tosello é especialista em Neurorradiologia Intervencionista Diagnóstica Terapêutica e doutorando pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Fellowship Interventional Radiology – Harper University Hospital – Detroit (USA).

Leia também:

Aneurisma cerebral: quando a cirurgia é a melhor opção de tratamento?


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