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Dor de cabeça pode ser sinal de algo mais grave?

Postado em: 10/01/2024

A Dor de Cabeça afeta quase metade da população mundial, sem distinção de idade, etnia ou situação socioeconômica. Comum em transtornos do sistema nervoso, esse sintoma tem impacto significativo na qualidade de vida e pode ser debilitante.

Apesar de ser incômoda nas atividades diárias, na maioria dos casos, não representa grande preocupação. Contudo, é crucial reconhecer que em cerca de 2% das situações, a dor de cabeça indica um problema mais sério, exigindo investigação médica.

Para identificar se sua dor de cabeça é passageira ou necessita de atenção especializada, confira as informações a seguir.

Dor de cabeça pode ser sinal de algo mais grave?

Tipos mais comuns de dor de cabeça

Estudos revelam que a grande maioria das dores de cabeça (98%) são cefaleias primárias, classificadas nos tipos:

Cefaleia tensional

É a dor de cabeça mais comum, associada à tensão. A dor ocorre em ambos os lados da cabeça, gerando uma sensação de pressão. Dura de 30 minutos a sete dias, podendo envolver dores nos ombros e pescoço. A causa é desconhecida, mas estresse, fadiga e noites mal dormidas são possíveis gatilhos.

Enxaqueca

Dor intensa e debilitante, frequentemente acompanhada de náusea e vômito. Segunda mais comum, a enxaqueca apresenta dor pulsante em apenas um lado da cabeça, iniciando ao redor do olho e na têmpora, estendendo-se para a parte de trás da cabeça. A crise pode durar até três dias. Cerca de 20% dos casos estão associados a “Aura” – alterações visuais (luzes piscantes, brilhos ou ondulações), podendo durar até 1 hora. Nas mulheres, pode ser ligada ao ciclo menstrual.

Cefaleia em salvas

Mais prevalente em homens, ocorre em “blocos” ao longo do dia, com intensidade elevada e concentrada em um lado da cabeça, por 30 minutos a uma hora. O olho do lado dolorido tende a ficar vermelho e lacrimejante, podendo fechar devido à sensibilidade à luz. O nariz pode congestionar ou escorrer. Náusea, sensibilidade à luz e ao som são sintomas comuns. O ciclo pode repetir-se por até três meses.

Cefaleias secundárias: Quando a dor de cabeça tem outras origens

Menos comuns do que as cefaleias primárias, as secundárias podem estar relacionadas a diversos problemas:

  • Lesões que ocupam espaço, como tumores intracranianos;
  • Infecções do sistema nervoso central, como meningite ou encefalite;
  • Hemorragia subaracnóide;
  • Arterite de células gigantes;
  • Vasoespasmo de artérias intracranianas;
  • Aneurisma cerebral;
  • Malformação arteriovenosa cerebral;
  • Trombose venosa cerebral;
  • Hipertensão intracraniana idiopática.

Descubra mais sobre a relação entre anticoncepcional e o risco de trombose venosa cerebral.

Sintomas de alerta para problemas graves

De acordo com a Associação Britânica para o Estudo da Dor de Cabeça, os sinais claros de cefaleias secundárias incluem:

  • Cefaleia em trovoada (cefaleia de forte intensidade de início repentino).
  • Cefaleia de início recente:

– Em pacientes com mais de 50 anos.

– Em crianças com menos de 10 anos.

  • Dor de cabeça matinal persistente e com náusea.
  • Novo início de dor de cabeça em paciente com histórico de câncer.
  • Novo início de dor de cabeça em paciente com histórico de infecção por HIV.
  • Dor de cabeça progressiva que piora ao longo das semanas.
  • Dores de cabeça associadas a mudanças posturais.
  • Dores de cabeça associadas a sintomas de “Aura” que:

– Duram mais de uma hora.

– Incluem fraqueza motora.

– São diferentes da “Aura” anterior.

  • Ocorrem pela primeira vez após o início do uso de pílula anticoncepcional oral.


Enfrentar uma crise de cefaleia secundária requer o reconhecimento dos sintomas a tempo para intervenção eficaz e auxílio à pessoa com dor de cabeça. 

Qualquer tipo de cefaleia pode indicar um problema sério, necessitando de investigação e acompanhamento especializado para diagnóstico e tratamento adequados. Evite a automedicação em caso de dor de cabeça!


Diga adeus às dores de cabeça! Ligue agora ou agende online uma consulta com o Dr. Renato Tosello para diagnóstico e tratamento especializado da cefaleia. Ele é especialista em Neurorradiologia Intervencionista Diagnóstica e Terapêutica; especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia; e doutor pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Leia também:

Como prevenir o desenvolvimento de um aneurisma cerebral?


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