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Doença ateromatosa intracraniana: Como é o tratamento endovascular?

Postado em: 06/02/2024

A Doença Ateromatosa Intracraniana, conhecida também como aterosclerose, ocorre quando o colesterol e o cálcio formam placas que se fixam nas paredes das artérias, comprometendo ou até bloqueando completamente o fluxo sanguíneo. Trata-se de uma condição perigosa por ser silenciosa e estar diretamente relacionada ao risco de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI).

Doença ateromatosa intracraniana: Como é o tratamento endovascular?

A prevalência da doença ateromatosa é maior em homens, idosos (acima de 60 anos), fumantes, diabéticos e indivíduos com pressão arterial ou colesterol elevados, podendo afetar tanto as artérias intracranianas quanto as extracranianas. A ateromatose intracraniana é mais comum em negros, asiáticos e hipânicos, enquanto a ateromatose extracraniana é mais comum em brancos.

A artéria cerebral média é a mais acometida pela ateromatose intracraniana.

Após o diagnóstico, é crucial que o paciente siga as orientações médicas rigorosamente. O tratamento pode abranger mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, procedimentos ou até cirurgia. A estratégia terapêutica varia conforme a localização da obstrução, o grau de estenose (estreitamento do vaso sanguíneo) e se a doença manifesta sintomas.

Neste artigo, vamos explorar o tratamento endovascular para desobstruir artérias na doença ateromatosa intracraniana. Descubra agora o seu potencial!

Quando o tratamento endovascular é indicado?

As diretrizes médicas internacionais recomendam inicialmente a mudança do estilo de vida e o uso de medicamentos, incluindo estatinas, antitrombóticos, anticoagulantes e antiplaquetários, após diagnosticar a doença ateromatosa intracraniana.

No entanto, mesmo com a terapia medicamentosa otimizada, a intervenção direta pode ser necessária em casos de estenose significativa, conforme o estudo Tratamento Endovascular da Estenose Aterosclerótica Intracraniana. O procedimento endovascular se torna uma opção quando pacientes medicados em doses máximas ainda apresentam sintomas recorrentes de AVCI.

As técnicas endovasculares envolvem angioplastia percutânea com balão e a colocação de stent.

Como é feito o tratamento endovascular?

A angioplastia é a intervenção endovascular mais indicada para tratar a doença ateromatosa intracraniana. Este procedimento pode ser combinado com a colocação de um stent – estrutura metálica que mantém a artéria aberta por completo.

Esse método é realizado pela introdução de um cateter através de uma artéria na perna (femoral) ou no braço (radial ou braquial), guiando-o até a estenose causada pela placa de ateroma. Com o auxílio de um microguia, posicionado além da obstrução, insere-se um stent montado juntamente com um microcateter balão que é posicionado sob o local da estenose, e ao ser inflado, reabre a artéria deixando o stent neste local para ajudar a artéria permanecer aberta.

O procedimento geralmente consiste na dilatação da artéria com o balão associado a a colocação de stent intracraniano. No entanto em alguns casos pode ser feita a reabertura da artéria somente com balão sem a colocação do stent.

Tipos de angioplastia

A angioplastia com balão, aplicada em estenoses intracranianas, é uma técnica mais simples e, utilizada em casos seletos, e de difícil acesso ao stent. 

O sistema vascular cerebral, composto por estruturas delicadas, exige que esses procedimentos sejam realizados com extremo cuidado. O objetivo é assegurar um fluxo sanguíneo adequado para a irrigação cerebral.

A escolha do material utilizado, como o stent montado em balão ou stent autoexpansível está relacionado com o local e extensão da estenose, bem como experiência do médico operador. 

  • Stents montados em balão: neste procedimento, o médico passa um microguia pela estenose intracraniana e posiciona um stent montado em balão no local da obstrução. O balão é inflado até alcançar o diâmetro desejado e, depois disso, desinflado cuidadosamente e removido.
  • Stents autoexpansíveis: a implantação de stents autoexpansíveis ocorre em duas fases: primeiramente é feita a dilatação da artéria e em seguida colocado o stent, restaurando a circulação sanguínea adequada.
  • Balões e stents revestidos com medicamentos: utiliza-se balões e stents revestidos com medicamentos, como paclitaxel e sirolimus, que liberam substâncias diretamente na artéria para prevenir a reestenose.

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O Dr. Renato Tosello é especialista em Neurorradiologia Intervencionista Diagnóstica e Terapêutica; especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia; e doutor pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Leia também:

Em que momento devo procurar um neurorradiologista intervencionista?


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