Aneurisma Cerebral: desmistificando mitos e entendendo fatos
Postado em: 04/02/2025
Apesar de sua gravidade, ainda há muitos mitos e informações incompletas sobre o Aneurisma Cerebral sendo disseminados.
Pensando nisso, neste artigo quero desmistificar as principais dúvidas sobre essa condição, apresentando informações embasadas cientificamente para auxiliar no seu entendimento do tema.
Continue a leitura e saiba mais!
O que é um aneurisma cerebral?
Os aneurismas cerebrais são alterações/deformidades que se formam/ocorrem em um local de fragilidade da parede dos vasos sanguíneos cerebrais, no qual podem vir a se romper, levando ao sangramento intracraniano.
Geralmente, os aneurismas cerebrais se formam nas artérias intracranianas, sendo diagnosticados muitas vezes de forma incidental ou em situações emergenciais após rupturas.
Os aneurismas podem ser classificados em diferentes tipos, incluindo:
- Aneurisma sacular: dilatação em formato de saco, o mais comum.
- Aneurisma fusiforme: dilatação que afeta a circunferência da artéria.
- Aneurisma blister: causado pela dissecção da parede arterial.
- Aneurisma traumático: decorrente de traumas cranianos.
- Aneurisma infeccioso: resultado de infecções que fragilizam os vasos.
Convido você a entrar em contato para saber mais sobre o trabalho da clínica Tosello.
Mitos comuns sobre aneurismas cerebrais
A seguir, comento alguns equívocos comuns que cercam essa condição, esclarecendo os fatos sobre o “Aneurisma Cerebral“:
- Mito: “Aneurismas são sempre fatais.”
Verdade: Embora a ruptura de um aneurisma seja uma emergência médica, avanços no diagnóstico e no tratamento têm aumentado as chances de recuperação, especialmente com técnicas minimamente invasivas como a embolização endovascular. - Mito: “Aneurismas cerebrais sempre apresentam sintomas.”
Verdade: Na maioria dos casos, os aneurismas são silenciosos, permanecendo assintomáticos até sua ruptura ou quando comprimem estruturas cerebrais, causando dores de cabeça ou alterações visuais. - Mito: “Somente pessoas idosas são afetadas.”
Verdade: Apesar de serem mais comuns em indivíduos acima de 40 anos, fatores como histórico familiar e condições genéticas podem predispor jovens à formação de aneurismas.
Causas e fatores de risco
Os fatores de risco incluem condições genéticas, hábitos de vida e doenças crônicas.
Mulheres pós-menopausa, por exemplo, enfrentam maior risco devido à redução dos níveis de estrogênio, o que impacta a elasticidade das paredes arteriais, aumentando a suscetibilidade ao rompimento.
Conforme um estudo publicado na Journal of Neurosurgery em 2015, o uso de terapia de reposição hormonal (TRH) também foi associado a um aumento de 50% no risco de hemorragia subaracnoide (HSA) em mulheres pós-menopausa.
Esses dados reforçam a importância de discussões médicas criteriosas sobre a prescrição da TRH, especialmente em pacientes com histórico de aneurisma cerebral.
Se você se identifica com algum dos fatores de risco para aneurismas, agende uma consulta conosco!
Diagnóstico e tratamentos avançados
O diagnóstico dos aneurismas cerebrais requer técnicas precisas, como angiografia cerebral, considerada o padrão-ouro.
Outros exames incluem:
- Angiografia por tomografia computadorizada (ATC): para detectar aneurismas não rompidos.
- Angiografia por ressonância magnética (ARM): usada para visualização detalhada.
Após a detecção, o tratamento pode ser feito por meio de:
- Embolização endovascular: inserção de dispositivos que isolam o aneurisma, prevenindo sangramentos.
- Clipagem cirúrgica: procedimento invasivo que bloqueia o fluxo sanguíneo no aneurisma, sendo uma alternativa em casos específicos.
A recuperação após o tratamento para aneurisma cerebral, especialmente os procedimentos minimamente invasivos como a embolização, é relativamente rápida, com pacientes geralmente retomando suas atividades em poucos dias.
Já a prevenção envolve o controle de fatores de risco como hipertensão, tabagismo e colesterol elevado, além da adoção de um estilo de vida saudável.
Agora você tem maior conhecimento sobre o aneurisma cerebral, alguns dos principais fatores de risco e mitos que o cercam.
Espero que o conteúdo tenha ajudado. Para saber mais sobre o trabalho que realizamos aqui na clínica Tosello, não deixe de entrar em contato!
Dr. Renato Tosello, PhD
Neurorradiologista Intervencionista
CRM: 133.066
RQE: 64.312 | RQE: 643.121 | RQE: 64.379
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