Logo Tosello Clínica Médica

Aneurisma cerebral real: Quando a cirurgia é a melhor opção de tratamento?

Postado em: 24/07/2024

Aneurisma cerebral real: Quando a cirurgia é a melhor opção de tratamento?

O Aneurisma Cerebral Real é uma condição que merece muita atenção e cujo tratamento pode variar. Hoje quero conversar um pouco mais sobre o assunto, comentando quando a cirurgia costuma ser escolhida. 

Continue sua leitura para conferir. Espero que o conteúdo ajude!

O que é um aneurisma cerebral?

Um “Aneurisma Cerebral Real” é caracterizado pela dilatação anormal das artérias que irrigam o cérebro

Devido ao enfraquecimento das paredes desses vasos, a pressão sanguínea vai deformando as partes mais fragilizadas e menos resistentes. 

Pode-se formar uma espécie de bexiga (aneurisma sacular), o que ocorre na maioria dos casos, ou provocar um aumento localizado da circunferência da artéria (aneurisma fusiforme).

Crescendo progressivamente, os aneurismas podem se romper e gerar hemorragia subaracnóide aguda,, ocasionando dor intensa, rigidez no pescoço, vômito, desmaio, alteração do nível de consciência, queda da pálpebra e visão borrada. 

Apesar de a maioria dos quadros se manifestar na forma de um único aneurisma, em até 20% dos casos a pessoa pode ter mais de um aneurisma, chamados de aneurismas múltiplos. 

Embora muitas vezes assintomático até se romper, o aneurisma cerebral pode representar um risco real para a saúde e requer atenção imediata.  

O diagnóstico de um aneurisma cerebral

A maioria dos aneurismas cerebrais passa despercebido pela ausência de sintomas. Muitas vezes, eles são detectados de modo casual após um exame cerebral requisitado por outra razão. 

Para confirmar o diagnóstico, o médico solicita os exames:

  • Angiografia arterial por Tomografia computadorizada: usado para determinar o tamanho, localização e forma de um aneurisma rompido ou não rompido. 
  • Angiografia arterial por Ressonância Magnética: cria imagens detalhadas bidimensionais e tridimensionais do cérebro e suas artérias e determina se houve sangramento cerebral e os detalhes anatômicos do cérebro.
  • Angiografia cerebral: um contraste é injetado na artéria para avaliar melhor os vasos sanguíneos do cérebro (artérias e veias). A técnica de imagem mostra com detalhes a anatomia das artérias e veias dos vasos do pescoço e intracranianos, assim como o fluxo sanguíneo dentro deles.

Tratamento do aneurisma cerebral

Nem todo aneurisma cerebral requer tratamento. Aneurismas não rompidos e muito pequenos, que não estão associados a nenhum fator que sugira risco, devem ser monitorados por exames com controle de comorbidades e fatores de risco.

A decisão de tratar cirurgicamente um aneurisma cerebral depende de vários fatores, incluindo o tamanho, localização, forma do aneurisma e os riscos associados à sua possível ruptura. 

Uma vez que se percebe que o tratamento cirúrgico é necessário, basicamente existem dois métodos para se considerar:

  • tratamento endovascular – minimamente invasivo sem a necessidade de abertura do crânio e exposição do cérebro;
  • tratamento convencional – abertura do crânio com craniectomia e exposição do cérebro seguido de clipagem do aneurisma.

Ambas as técnicas são escolhidas com base em uma avaliação cuidadosa da condição específica do paciente, localização e tamanho do aneurisma, assim como a presença de outros fatores de risco. 

Em minha prática, o objetivo é sempre optar pelo procedimento que ofereça a maior segurança, eficácia e melhores resultados a longo prazo.

Com o avanço tecnológico hoje, o tratamento endovascular (embolização) é a melhor opção para o tratamento de muitos dos aneurismas cerebrais (não-roto e rotos)

Por ser minimamente invasivo, ele promove ao paciente uma recuperação mais rápida, com menor risco de complicação em relação ao tratamento convencional.

A embolização é capaz de tratar aneurismas nas mais variadas localizações das artérias intracranianas, e de diversos níveis de complexidade, de uma maneira rápida, extremamente eficaz e curativa. 

O tratamento convencional por meio de clipagem é limitado em algumas localizações e complexidade dos aneurismas quanto comparado ao tratamento endovascular, proporcionando maiores riscos ao indivíduo.

Espero ter te ajudado a compreender um pouco mais sobre o tratamento de um aneurisma cerebral real. Cuide da sua saúde, faça exames regularmente e procure ajuda diante de qualquer alteração ou desconforto. 

Para ter mais informações sobre o meu trabalho, você pode entrar em contato pelo WhatsApp. Estou à disposição!

Dr. Renato Tosello
Neurorradiologista intervencionista
CRM: 133.066
RQE: 64312 | RQE: 643121 | RQE: 64379

Leia também:


Este post foi útil?

Clique nas estrelas

Média / 5. Votos:

Seja o primeiro a avaliar este post.

Rua Maestro Cardim, 1293 - Cj.123 | Bela Vista | SP

(11) 3171-0878 | (11) 97163-5260

Siga-nos nas Redes Sociais