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Qual a diferença entre AVC e aneurisma cerebral?

Postado em: 10/02/2021

Entre os pacientes, é comum haver confusão entre aneurisma cerebral e acidente vascular cerebral (AVC). São problemas distintos que ocorrem no cérebro e têm consequências importantes. Por isso, é importante entender a diferença entre AVC e aneurisma cerebral.

O que é AVC?

O  Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou derrame cerebral é o surgimento de um déficit neurológico súbito causado após uma lesão vascular no cérebro. Ele pode se apresentar das duas seguintes formas.

  • Hemorrágico – ocorre após a ruptura da parede de uma artéria ou veia do cérebro classificada de acordo com o local de acúmulo de sangue, da seguinte maneira:
    • Hemorragia subaracnóide: quando o sangramento ocorre em um espaço entre duas camadas de tecido (aracnoide e pia-máter) que revestem o cérebro.
    • Hemorragia intraparenquimatosa: quando o sangramento ocorre no parênquima cerebral.
    • Hemorragia intraventricular: quando ocorre sangramento no interior de algum ventrículo cerebral.
  • Isquêmico – ocorre após a interrupção repentina de suprimento sanguíneo para uma parte do cérebro, após a oclusão vascular de uma artéria ou veia cerebral, causada por trombo na maioria das vezes, levando a um dano cerebral irreversível. Esse dano cerebral irreversível pode deixar o indivíduo com uma sequela neurológica para o resto da vida ou até mesmo levar a morte.

A principal causa do derrame hemorrágico não traumático é o aneurisma, e pode estar aí a razão da confusão. Algumas pessoas têm um derrame hemorrágico em razão da ruptura de um aneurisma cerebral, o que justifica receber os dois diagnósticos.

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Qual a diferença entre AVC e aneurisma cerebral

O que é aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral é uma “dilatação” que se desenvolve em um local de fragilidade da parede de um vaso sanguíneo (artéria ou veia) que irriga o cérebro. Frequentemente se forma na bifurcação das artérias intracranianas. Por causa da dilatação, a parede do vaso fica mais enfraquecida e afilada à medida que aumenta de tamanho, como se fosse a borracha de uma bexiga que vai ficando mais fina e frágil enquanto se enche de ar até romper. Ao se romper e sangrar, o aneurisma causa um derrame hemorrágico sendo o do tipo subaracnóide o mais comum.

O aneurisma pode surgir, de acordo com a American Stroke Association, devido a:

  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Infecção;
  • Uso de drogas como anfetaminas e cocaína;
  • Uso abusivo de álcool e tabaco;
  • Diabetes;
  • Trauma cerebral em um acidente grave;
  • Distúrbios pouco comuns nos vasos como displasia fibromuscular, arterite cerebral ou dissecção arterial;
  • Síndrome de Marfan, doença renal policística autossômica dominante ou síndrome Ehlers-Danlos;
  • História familiar de aneurisma cerebral.

Sinais e sintomas que ajudam a diferenciar o aneurisma do AVC

O aneurisma normalmente não causa sintomas enquanto está pequeno, não comprime tecido cerebral ou nervos adjacentes e mantém sua parede íntegra (ou seja, quando não há ruptura).

Dependendo da localização e do tamanho do aneurisma, ele  pressiona o tecido cerebral e os nervos ao redor, podendo gerar:

  • Dor de cabeça;
  • Dor acima e atrás de um olho;
  • Dilatação da pupila de um olho;
  • Mudança na visão ou visão dupla;
  • Dormência de um lado do rosto.

Quando o paciente desconfia desses sintomas e procura ajuda médica, pode-se detectar a tempo a presença do aneurisma (que não sangrou) e tratá-lo de forma segura. A angiografia cerebral é o exame padrão-ouro, ou seja, o mais confiável para realizar o diagnóstico de um aneurisma.

Se a pessoa não procura assistência médica, mas o aneurisma cresce e um dia se rompe e sangra, os sintomas podem variar conforme a seriedade do quadro. Quando o sangramento é pequeno, o primeiro sintoma pode ser uma dor de cabeça súbita e intensa. Pode haver, ainda, perda de consciência ou outros sinais de descontrole. Esses são sinais de alerta para procurar um hospital imediatamente.

Se o sangramento persiste e aumenta, sem socorro de emergência, mais sintomas podem surgir, tais como:

  • Náusea;
  • Sonolência associada ao vômito;
  • Coma.

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Como o aneurisma vira hemorragia

Isto ocorre quando o aneurisma se rompe, levando a um sangramento intracraniano, sendo o subaracnoide o tipo de sangramento mais comum.  . Esse processo muitas vezes acontece de forma muito acelerada e rapidamente causa danos graves ao paciente, por isso é tão importante buscar ajuda imediata. Entre as sequelas que correm o risco de ser observadas caso não haja intervenção imediata, podemos listar:

  • Fraqueza ou paralisia de um braço ou perna;
  • Dificuldade de falar ou entender a linguagem;
  • Torcicolo;
  • Sensibilidade à luz;
  • Visão turva ou dupla;
  • Uma pálpebra caída;
  • Mudanças nos níveis de consciência, sentimentos, comportamentos ou dos movimentos;
  • Confusão;
  • Convulsão;
  • Perda de consciência;
  • Coma;
  • Morte.

O derrame hemorrágico não traumático é, portanto, na grande maioria dos casos, a consequência trágica de um aneurisma não tratado. Caso tenha alguns destes sintomas  ou um aneurisma cerebral não roto, procure um centro especializado para tratamento imediatamente.

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