Doença cerebrovascular: sintomas, fatores de risco e cuidados essenciais
Postado em: 28/08/2023
As Doenças Cerebrovasculares correspondem a um grupo de condições que causam distúrbios na circulação sanguínea do sistema nervoso central e especialmente do cérebro. São importantes causas de morte e incapacidade em todo o mundo.
Em sua maioria, apresentam-se em forma de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh), ataque isquêmico transitório (AIT), além de aneurismas cerebrais.
A identificação e distinção dessas doenças desempenham um papel fundamental na prevenção, gestão dos fatores de risco e, por conseguinte, na mitigação de sequelas graves.
Principais tipos de doenças cerebrovasculares
Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI): caracterizado por uma redução ou interrupção do fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro devido a um coágulo ou obstrução arterial. Isso resulta em danos aos tecidos cerebrais devido à carência de oxigênio e nutrientes. É conhecido também por derrame ou infarto cerebral.
Sintomas:
- Perda de força ou formigamento em apenas um lado do corpo;
- Dificuldade para falar ou não conseguir se fazer compreender;
- Perda da força da musculatura do rosto ficando com a boca torta;
- Dificuldade para levantar um dos braços ou caminhar em linha reta;
- Dor de cabeça intensa;
- Perda da coordenação motora;
- Alteração na visão;
- Tontura ou vertigem.
Os sinais acontecem de forma súbita e podem ser únicos ou combinados.
Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCh): envolve o rompimento de um vaso sanguíneo cerebral, desencadeando um sangramento no cérebro. Esse evento pode levar a danos extensos e aumento da pressão intracraniana. A intervenção rápida é imperativa para reduzir os riscos envolvidos.
Sintomas:
Os sinais do AVCh são semelhantes aos do isquêmico, como:
- Formigamento em um dos lados do corpo;
- Fraqueza ou perda de sensibilidade na mesma região;
- Dificuldade para falar ou compreender o que se fala;
- Alteração ou perda de visão;
- Tontura ou desequilíbrio súbitos;
- Dificuldade para realizar tarefas como andar ou engolir;
- Paralisia em alguma região do corpo.
No entanto, existem alguns sinais que são mais comuns no AVCh: dor de cabeça súbita e intensa, náusea e/ou vômito, convulsões e perda da consciência.
Ataque isquêmico transitório (AIT): acontece quando uma artéria que leva sangue para o cérebro é bloqueada momentaneamente por um trombo ou coágulo, deixando uma área do cérebro privada de oxigênio e nutrientes por um breve período.
Os sintomas iniciais também são os mesmos para AIT e AVC. A diferença é que no AIT eles regridem completamente em minutos e não são diagnosticados na sequência de Difusão “DWI” na ressonância magnética. Já no AVCI os sintomas pode permanecerem ou regredirem por completo, porem são diagnosticados na sequência de Difusão “DWI” na ressonância magnética.
A intensidade dos sintomas depende do local acometido ou do tamanho da área afetada.
Aneurisma cerebral: é a dilatação anormal que ocorre geralmente na parede das artérias do cérebro, semelhante a uma pequena bolha. Essa condição pode se expandir, romper e causar hemorragia cerebral, porém nem todos os aneurismas sangram ou precisam de tratamento.
Apesar de ser habitualmente assintomático, dependendo da localização e do tamanho, o aneurisma pode comprimir algumas áreas cerebrais importantes, provocando sintomas, como: visão dupla, queda da pálpebra, dificuldade da fala e perda da força no braço/perna em um lado do corpo.
Quando o aneurisma cerebral se rompe, ocorre a hemorragia subaracnoide aguda levando a alguns sintomas como:
- Dor de cabeça súbita de forte intensidade;
- Náusea e vômito;
- Rigidez no pescoço;
- Perda ou alteração no nível de consciência súbita;
- Qualquer sintoma neurológico de início súbito, incluindo alterações de visão, força, coordenação ou sensibilidade;
- Convulsões.
Dicas para diminuir os riscos
90% dos fatores de risco estão ligados a fatores que podem ser modificados. São eles:
- Controle o peso;
- Controlar a hipertensão arterial;
- Controlar o diabetes;
- Não fume e não use drogas;
- Cuidado com os anticoncepcionais;
- Mantenha uma dieta saudável;
- Pratique exercícios físicos regularmente;
- Realize exames preventivos.
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