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Embolização de aneurisma cerebral: como a angiografia ajuda na identificação e tratamento

Postado em: 26/06/2023

O aneurisma cerebral consiste na dilatação anormal das artérias que irrigam o cérebro. Por causa do enfraquecimento das paredes desses vasos, a pressão sanguínea tende a deformar as partes mais fragilizadas e menos resistentes. Com isso, pode surgir uma espécie de bexiga (aneurisma sacular), o que ocorre na maioria dos casos, ou um aumento localizado da circunferência da artéria (aneurisma fusiforme).

Ao crescer de forma lenta e progressiva, os aneurismas podem se romper e provocar hemorragia subaracnóide aguda, proporcionando dor intensa, rigidez no pescoço, alteração do nível de consciência, vômito, desmaio, queda da pálpebra e visão borrada. 

Atualmente, a embolização se destaca como melhor opção, sendo inovador, altamente seguro e eficaz para o tratamento de aneurismas cerebrais. Com o avanço da medicina, surgiram técnicas cada vez mais sofisticadas para identificar e tratar o problema. Continue a leitura para saber o papel da angiografia na identificação e tratamento do aneurisma cerebral.

aneurisma cerebral

O que é angiografia?

Angiografia é um exame de diagnóstico que utiliza cateteres e raios X para avaliar a anatomia e a circulação nos vasos sanguíneos do cérebro. O teste analisa anormalidades que estejam comprometendo a irrigação da região.

Durante o procedimento, um líquido chamado contraste iodado é administrado em artérias para corar e desenhar os vasos sanguíneos do pescoço e do cérebro.

Assim é possível identificar desde estruturas que estejam dificultando a passagem do sangue, como um coágulo, até partes enfraquecidas das artérias, como um aneurisma cerebral.

Ao usar a angiografia, os médicos podem obter informações detalhadas sobre o aneurisma cerebral. Essa técnica permite a visualização precisa do tamanho, forma e localização do aneurisma, proporcionando uma base sólida para o planejamento do tratamento. Além disso, o exame ajuda os especialistas a identificar outros problemas vasculares no cérebro, permitindo um diagnóstico mais abrangente.

Embolização de aneurismas

É realizada uma incisão inguinal (na virilha) de 2 cm, feita sob efeito de anestesia geral, sendo um sistema de cateteres inseridos por esta via até o cérebro, de maneira triaxial ou coaxial, para implantar os dispositivos endovasculares responsáveis pela oclusão completa dos aneurismas, como espirais destacáveis (coils) e stents, de acordo com a técnica escolhida. Esses procedimentos são conhecidos como embolização e realizados somente por médicos com treinamento especializado em Neurorradiologia Intervencionista.

O tempo de internação e recuperação, após um procedimento minimamente invasivo, é menor em comparação à cirurgia convencional.

Embolização: benefícios e riscos

Benefícios:

  • Ao utilizar espirais destacáveis (coils), stents convencionais e stens desviadores de fluxo sanguíneo para “inativar” um aneurisma, é possível prolongar a vida do paciente e aliviar os sintomas;
  • A embolização é na atualidade a melhor opção para o tratamento dos aneurismas cerebrais; por ser menos invasivo, rápido, altamente curativo, seguro e com baixo risco de complicação, proporciona uma recuperação mais rápida e com menor risco ao paciente;
  • Sem incisão cirúrgica: apenas um pequeno corte na pele que não precisa de curativos especiais e internações prolongadas, retornando o indivíduo mais rápido para suas atividades normais.

Riscos do procedimento:

  • Qualquer procedimento cirúrgico acarreta em risco ao paciente. No entanto, são tomadas as devidas precauções para reduzir esses riscos;
  • Há sempre um risco pequeno de o coágulo sanguíneo se alojar no lugar errado e privar o tecido normal de seu suprimento de oxigênio;
  • Existe um pequeno risco de morte, mas a embolização de aneurisma oferece menos risco do que o tratamento convencional.


Indicações e contraindicações

Atualmente a embolização consegue tratar praticamente todos os tipos de aneurismas cerebrais, nas mais variadas localizações e nos diferentes tipos de anatomia vascular, de maneira segura, eficaz, com alto índice de cura e baixo risco de complicação.

Mesmo aqueles aneurismas inoperáveis por meio da cirurgia convencional com clipagem do aneurisma a embolização consegue tratá-los frequentemente.

Aqueles indivíduos idosos (> 70 anos), anticoagulados, diabéticos, alérgicos ao meio de contraste a alguns tipos de medicamentos, com insuficiência renal e cardíaca e história de neoplasias requerem atenção especial e devem ser tratados quando necessário, devendo se atentar e tomar as devidas precauções necessárias para cada caso. 

Nossa equipe é especializada no diagnóstico e no tratamento de aneurismas cerebrais. Agende sua consulta na Tosello Clínica Médica!

Leia também:

Aneurisma Cerebral: 5 dicas para reduzir os riscos 


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