Malformação arteriovenosa cerebral pial: O que é e como reconhecer os sintomas?

Malformação Arteriovenosa Cerebral Pial (MAVC) é geralmente caracterizada por um emaranhado de vasos malformados no cérebro, onde as artérias se conectam diretamente às veias, sem um leito capilar intermediário, chamado de “Nidus”. Ela pode se desenvolver em qualquer área do cérebro. 

A maioria das MAVCs não cresce ou muda muito, embora os vasos envolvidos possam dilatar (alargar). Elas afetam menos de 1% da população, sendo mais comuns em adultos jovens (20 – 40 anos), sem predileção pelo sexo. Até o momento, as causas subjacentes das MAVCs permanecem desconhecidas.

Quais são os sintomas de uma MAV cerebral?

As Malformações Arteriovenosas Cerebrais (MAVCs) geralmente não apresentam sintomas até que complicações, como hemorragia cerebral, surjam. Algumas MAVCs de alto fluxo podem produzir um som do tipo “sopro” que pode ser ouvido através de um estetoscópio no pescoço. 

Os sintomas podem variar dependendo da localização da MAVC:

• Dor de cabeça;
• Crise convulsiva;
• Fraqueza ou dormência progressiva em um lado do corpo;
• Alteração da fala;
• Lentificação do raciocínio.

Estudos indicam que pacientes podem sofrer convulsões devido a uma MAVC em cerca de 25% dos casos, aumentando o risco de hemorragia. Além disso, observa-se que no primeiro ano após uma hemorragia cerebral espontânea de MAVC, o risco de novo sangramento pode variar de 6% a 18%.

Se ocorrer sangramento, os sintomas podem incluir:

• Dor de cabeça súbita e intensa;
• Fraqueza ou dormência;
• Perda de visão;
• Dificuldade na fala;
• Convulsões focais ou generalizadas;
• Dificuldade de compreender os outros;
• Instabilidade severa. 

Diagnóstico de uma MAV cerebral

O diagnóstico de uma Malformação Arteriovenosa Cerebral (MAVC) normalmente começa com Tomografia computadorizada ou Ressonância Magnética do crânio. 

Quando uma MAVC é diagnosticada, frequentemente é realizada uma angiografia cerebral. Durante este procedimento, o contraste iodado é injetado na corrente sanguínea, permitindo a obtenção de radiografias que fornecerão informações cruciais para o planejamento do tratamento mais adequado para a condição. 

Opções de tratamento para MAV cerebral

O tratamento é determinado com base no tipo de malformação arteriovenosa, seus sintomas, localização e tamanho. Dentre os principais tipos de tratamento das MAVCs temos a neurocirurgia, a embolização e a radiocirurgia, na qual podem ser feitos de maneiras independentes ou terapia associada.

Terapia endovascular para MAVC – Embolização

Nesta técnica minimamente invasiva, um cateter é guiado através da rede de artérias até que a ponta atinja o local da MAVC. Vários ramos do nidus da MAVC são então obstruídos com um material líquido embolizante, como cola ou molde de polímero. A embolização é geralmente usada como precursor da cirurgia para reduzir o fluxo sanguíneo através da MAVC, mas pode ser utilizada como tratamento independente curativo em alguns casos.

Remoção cirúrgica da MAVC

A malformação arteriovenosa é removida do cérebro por meio de técnicas microcirúrgicas que fecham as artérias anormais nutridoras, separam o emaranhado do cérebro adjacente e cortam as veias que drenam a MAVC.

Radiocirurgia

Neste procedimento não invasivo, feixes de radiação focados são direcionados à MAVC e, ao longo de 2 a 3 anos, os vasos sanguíneos da malformação respondem com cicatrizes e fechamento. A radiocirurgia pode ser curativa ou pode reduzir uma MAV a um tamanho mais favorável para a cirurgia.

Conclusão

Em resumo, a detecção precoce e o diagnóstico preciso das Malformações Arteriovenosas Cerebrais (MAVCs) são essenciais para evitar complicações graves. A conscientização sobre os sintomas e o acompanhamento médico adequado desempenham um papel crucial na gestão bem-sucedida dessa condição rara. A pesquisa médica contínua é promissora para melhorar a abordagem de diagnóstico e tratamento no futuro.

Tenha um diagnóstico preciso de malformações arteriovenosas cerebrais com a expertise do Dr. Renato Tosello. Não permita que dúvidas e sintomas ameacem sua saúde cerebral. Ele é especialista em Neurorradiologia Intervencionista Diagnóstica e Terapêutica; especialista em Radiologia Intervencionista e Angiorradiologia; e doutor pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Entre em contato e agende hoje mesmo sua consulta!Leia também:

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