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Quais são as técnicas de imagem utilizadas na neurorradiologia?

Postado em: 21/06/2023

A Neurorradiologia Intervencionista é uma subespecialidade da medicina que utiliza técnicas avançadas de imagem do sistema nervoso central para o diagnóstico e tratamento de diversas patologias vasculares. Essas técnicas são essenciais para obter uma avaliação precisa e fornecer um tratamento mais assertivo para as condições que afetam o cérebro, coluna vertebral, medula espinhal, cabeça e pescoço.

Essa especialidade exige profissionais experientes, com amplo conhecimento, dedicação exclusiva, devidamente certificados pela Sociedade Brasileira de Neurorradiologia Diagnóstica e Terapêutica (AMB/CBR).

neurorradiologia

É possível dividir a neurorradiologia intervencionista em duas áreas distintas:

A neurorradiologia diagnóstica é uma vertente que se vale de equipamentos de alta tecnologia, como angiografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) de última geração. Esses recursos permitem obter imagens detalhadas do sistema vascular, otimizando o diagnóstico e melhorando os resultados clínicos dos pacientes.

Por outro lado, a neurorradiologia terapêutica utiliza procedimentos minimamente invasivos percutâneos e endovasculares para tratar doenças cerebrovasculares em adultos e crianças. Esses procedimentos incluem terapias de reperfusão para o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), embolização de aneurismas cerebrais, malformações vasculares do sistema nervoso central e tumores hipervasculares na cabeça, pescoço e coluna vertebral. São realizadas também angioplastia e colocação de stents para tratar estenoses por placa de ateroma nas artérias cervicais e intracranianas.

No cenário das urgências vasculares, devemos enfatizar a capacidade de realização da terapia de retirada de trombo (coágulo) intra-arterial para os pacientes com AVCI e o tratamento de aneurisma cerebral roto por via endovascular.

A importância da neurorradiologia intervencionista na medicina

A neurorradiologia intervencionista desempenha um papel de extrema importância na medicina, graças aos seus procedimentos minimamente invasivos realizados por via percutânea ou endovascular. Com o auxílio de imagens de alta resolução em tempo real, essa especialidade é capaz de diagnosticar e tratar com precisão uma variedade de patologias vasculares que afetam o sistema nervoso central.

A utilização de tecnologias avançadas traz benefícios significativos aos pacientes, independentemente da complexidade do caso. Essas técnicas minimamente invasivas oferecem maior segurança e bem-estar às pessoas, resultando em índices de cura mais elevados e uma redução nos índices de complicações e taxas de mortalidade associadas a doenças neurovasculares. 

As principais técnicas utilizadas são: 

Angiografia: exame que permite visualizar o interior dos vasos sanguíneos, identificando aneurismas, coágulos, malformações arteriovenosas e tumores. A angiografia começa com sedação anestésica, seguida pela aplicação de anestesia local na região onde será inserido o cateter, na virilha ou no braço do paciente. 

Um cateter é inserido cuidadosamente no local selecionado e navegado cuidadosamente pelo interior das artérias até chegar no local desejado para a administração do contraste – substância que realça as características dos vasos sanguíneos com uma coloração diferente. Através desse contraste, o médico realiza várias radiografias para identificar possíveis alterações nessas estruturas vasculares.

Embolização: consiste na obstrução de vasos sanguíneos pertencentes a uma patologia vascular, que proporciona algum risco de sangramento ao paciente, de modo que essa patologia deixe de receber o fluxo sanguíneo, desaparecendo por completo ou reduzindo o seu tamanho. É feita com a inserção de um cateter ou microcateter até o local da lesão vascular, e então é liberado um material embólico, como micropartículas, espirais metálicas ou agentes líquido embólicos que preenchem os vasos sanguíneos. Esse material provoca a obstrução dos vasos sanguíneos nutridores da lesão vascular e impede que ela continue a ser nutrida pelo sangue, provocando o seu ressecamento.

Dissecção arterial: são problemas em que ocorre a ruptura de uma das camadas das artérias, seguida da separação dessas camadas devido à entrada de sangue entre elas. O tratamento endovascular interrompe a entrada de sangue na área afetada, com intuito de reconstruir o vaso novamente, podendo ser realizado de diferentes maneiras, utilizando balões, stents ou micromolas. Em casos mais graves pode ser necessário o sacrifício do vaso acometido. 

Stent: são pequenos tubos flexíveis feitos de uma malha de liga metálica. Eles são implantados nas artérias ou veias para mantê-las abertas, melhor o fluxo sanguíneo e prevenir a ruptura de uma patologia vascular. Os stents podem ser utilizados no tratamento de aneurismas, estenoses e dissecções arteriais.

Quando procurar orientação em neurorradiologia intervencionista?

É aconselhável buscar a neurorradiologia intervencionista assim que surgir a suspeita de qualquer doença vascular do sistema nervoso central e periférico, como aneurisma cerebral, malformações vasculares da cabeça e pescoço, malformações arteriovenosas cerebral e medular, vasculites, dissecção arterial, estenose de artérias carótidas, vertebrais ou de artérias intracranianas, estenose de veias cerebrais, trombose venosa cerebral, acidente vascular cerebral, dentre outras. O especialista em neurorradiologia intervencionista é o mais indicado para melhor esclarecer o seu diagnóstico e determinar quando essa abordagem pode ser utilizada.

Sua saúde cerebral e bem-estar merecem toda a atenção e cuidado necessários. Agende sua consulta com o Dr. Renato Tosello!

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