Você conhece a Síndrome das Pernas Inquietas? Saiba o que é, quais são os sintomas e o tratamento

Sem motivo aparente, você sente uma necessidade involuntária de mexer as pernas –e até os braços, principalmente à noite, durante o sono? Isso pode se tratar da Síndrome das Pernas Inquietas.

Os sintomas podem aparecer ‘do nada’ e evoluir a ponto de prejudicar o sono. Alguns pacientes chegam ao ponto de manifestá-los também durante o dia. 

Para entender melhor o que é, quais são os sinais e o tratamento desse quadro, leia este texto até o final. Vamos lá? 

O que é a Síndrome das Pernas Inquietas

A “Síndrome das Pernas Inquietas” não é classificada como um tremor. Ela, inclusive, é descrita de diferentes maneiras por cada paciente. 

A doença costuma se manifestar principalmente no período da noite e as pessoas dizem que sentem comichão, dor ou queimação, mas, na verdade, isso é a necessidade de movimentação. 

A Síndrome das Pernas Inquietas tem frequência de 2% a 3% nas populações europeias e estadunidenses. Porém, no Brasil, um estudo estimou que a prevalência é de 6,4% da população. 

Este número pode ser ainda maior, porque existe uma grande quantidade de casos subnotificados e sem diagnóstico. 

Principais sintomas 

Mesmo sendo uma doença majoritariamente noturna, a Síndrome das Pernas Inquietas também pode se manifestar durante o dia, nos quadros mais exuberantes. 

Ela começa a ser percebida em algumas situações do dia a dia, como quando a pessoa está parada no cinema, no teatro, em uma reunião, em viagens longas e em outras situações em que fica por muito tempo em repouso.

Por se manifestar mais durante o repouso noturno, a síndrome acarreta em dificuldades para dormir. 

Por mais que ela não desencadeie diretamente outras doenças, a falta de sono atrapalha muito e isso sim pode causar questões de saúde mais graves que vão além do cansaço mental, como diabetes e problemas cardiovasculares.

Principais causas

A síndrome pode surgir em qualquer época da vida, mas é mais comum após os 45 anos e em mulheres. Pessoas com familiares que têm a doença também tem maior predisposição para o problema.

Diagnóstico da Síndrome das Pernas Inquietas

Para identificar se o paciente está com a síndrome, o exame é basicamente clínico. 

O médico precisa entender o que está sendo descrito e a principal maneira de ter a confirmação é saber se aqueles incômodos passam quando a pessoa levanta da cama e faz uma caminhada ou movimenta as pernas.

O profissional também ode pedir exames de sangue. Isso porque a síndrome pode ser acarretada por falta de ferro no organismo. 

A falência da função renal também pode acometer a síndrome, assim como mulheres grávidas também podem sofrer com o problema, que costuma passar um mês após o parto.

Tratamento da Síndrome das Pernas Inquietas

Por não ser um problema grave, a Síndrome das Pernas Inquietas  requer tratamento somente para aqueles pacientes que já estão bastante incomodados e tendo o sono muito prejudicado. 

Normalmente, quando a pessoa procura por um médico é porque o quadro já está atrapalhando muito. Nesses casos, o tratamento se dá com remédios que não curam, mas ajudam a minimizar a síndrome. 

Quando o problema acontece por conta dos baixos níveis de ferro, é necessário fazer a suplementação para repor o mineral no organismo. 

Quando o quadro foi causado por conta de falência renal, é preciso alguns cuidados com a medicação, já que algumas não são permitidas para esses pacientes.

Também é importante manter os hábitos saudáveis, já que o álcool, cigarro e cafeína em excesso podem interferir no funcionamento normal do sistema nervoso e desencadear a Síndrome das Pernas Inquietas.

Em alguns casos, antidepressivos também podem ser usados para o controle do problema, já que quadros depressivos podem estar relacionados a esta síndrome. 

Portanto, é imprescindível que exista um diagnóstico preciso, para que se adote o melhor tratamento, dando ao paciente qualidade de vida e considerando todas as suas particularidades nas tomadas de decisão.

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Dr. Renato Tosello
Neurorradiologista intervencionista
CRM: 133.066
RQE: 64312 | RQE: 643121 | RQE: 64379

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