Tratamentos efetivos para malformação arteriovenosa cerebral
Postado em: 18/04/2024
Uma Malformação Arteriovenosa Cerebral (MAV) é uma conexão anormal entre as artérias e veias no cérebro, formada geralmente antes do nascimento. A causa exata da MAV cerebral é desconhecida, no entanto, evidências apontam para uma origem genética. Essas formações ocorrem quando as artérias do cérebro se conectam diretamente às veias adjacentes, sem a presença de pequenos vasos (capilares) que normalmente existiriam entre eles.
As MAVs cerebrais variam em tamanho e localização dentro do cérebro e podem romper devido à pressão e ao enfraquecimento dos vasos, provocando hemorragias que comprometem o fluxo sanguíneo cerebral. Embora raras, essas condições podem manifestar sintomas em qualquer fase da vida, sendo mais comuns em adultos entre 30 e 40 anos, sem distinção de sexo.
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O que causa sangramento em uma malformação arteriovenosa cerebral?
O sangramento em uma malformação arteriovenosa cerebral (MAV) é resultado de anomalias nos vasos sanguíneos, considerados “enfraquecidos”, que desviam o fluxo sanguíneo do tecido cerebral normal. Esses vasos anômalos e frágeis tendem a se dilatar ao longo do tempo, podendo romper devido à pressão elevada do fluxo sanguíneo, provocando hemorragia intracraniana e redução do fluxo sanguíneo cerebral.
Sintomas
Embora a malformação arteriovenosa cerebral esteja presente desde o nascimento, os sintomas podem surgir em qualquer idade, e geralmente está relacionado com a sua localização e tamanho. No entanto, os dois sintomas mais comuns são dores de cabeça e crise convulsiva. É possível que indivíduos com MAVCs desenvolvam também aneurismas cerebrais.
Cerca de metade dos casos de MAV cerebral apresenta sinais semelhantes a um acidente vascular cerebral (AVC), geralmente decorrente de hemorragia. Os sintomas típicos de uma MAV cerebral rompida incluem:
- Confusão mental;
- Zumbido no ouvido;
- Dor de cabeça intensa;
- Dificuldades motoras;
- Convulsões.
Efeitos devido à pressão em áreas específicas do cérebro podem envolver:
- Problemas de visão;
- Tontura;
- Fraqueza muscular no rosto ou em parte do corpo;
- Dormência em uma região do corpo.
De acordo com a Associação Americana de AVC:
- Mais de 50% das pessoas com MAV cerebral sofrem hemorragias intracranianas;
- Entre 20% a 25% dos pacientes apresentam convulsões focais ou generalizadas;
- Cerca de 15% dos indivíduos com MAV cerebral enfrentam dificuldades motoras, de fala e visão;
- É comum também que esses pacientes experimentem dores de cabeça localizadas devido ao aumento do fluxo sanguíneo na região da MAV.
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Qual é o tratamento ideal para a malformação arteriovenosa cerebral?
O tratamento da malformação arteriovenosa cerebral (MAV) varia de acordo com diversos fatores, como idade, sintomas e características específicas da malformação. Medicamentos podem ser prescritos para aliviar dores de cabeça e convulsões, enquanto exercícios intensos e anticoagulantes devem ser evitados para reduzir o risco de hemorragia.
Existem três principais abordagens cirúrgicas para tratar MAVs cerebrais:
Embolização endovascular: método minimamente invasivo que utiliza um cateter guiado através da rede arterial até alcançar o local da MAV. Vários ramos das MAVs cerebrais são obstruídos com materiais endovasculares como cola ou polímeros não adesivos. Este procedimento pode ser realizado como tratamento definitivo em alguns casos ou antes de outras cirurgias para reduzir o fluxo sanguíneo na MAV.
Radiocirurgia estereotáxica: procedimento não invasivo que emprega radiação direcionada para causar a cicatrização e o eventual fechamento dos vasos anômalos ao longo de 2 a 3 anos. Pode ser realizado como tratamento isolado ou como preparação para procedimentos cirúrgicos.
Remoção cirúrgica (ressecção): envolve a remoção da malformação arteriovenosa cerebral por meio de técnicas microcirúrgicas. Isso inclui o fechamento das artérias anormais, separar o emaranhado de tecido cerebral adjacente e remover as veias que drenam a MAVC. A embolização pode ser realizada antes da cirurgia para facilitar a remoção da MAV cerebral.
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Dr. Renato Tosello, PhD
Neurorradiologista intervencionista
CRM: 133.066
RQE: 64.312 | RQE: 643.121 | RQE: 64.379